quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Psicologia

Labirintos da Mente

 

Psicologia, mapa invisível,

Do coração ao imprevisível.

Estuda o gesto, o olhar calado,

O grito mudo, o passado guardado.

 

É ponte entre dor e esperança,

Entre o trauma e a mudança.

Escuta o que não foi dito,

Traduz o medo, o conflito.

 

Analisa o riso disfarçado,

O silêncio bem ensaiado.

Mostra que até quem ri demais,

Pode esconder seus vendavais.

 

Não é só divã e teoria,

É também amor e empatia.

É saber que todo ser humano

É um universo estranho...

 

Dilemas de um Psicólogo

 

O paciente chega atrasado,

Para falar do passado.

Enquanto o psicólogo pensa:

“Será que hoje compensa?”

 

Tem gente que fala demais,

Outro diz: “tanto faz”.

Uns choram, outros riem sem parar,

E tem os que só vêm pra reclamar.

 

Tem que ouvir sem julgar,

Mesmo quando a vontade é gritar.

E quando acha que ajudou o sujeito,

Ele diz que entendeu tudo certinho, Mas volta quase do mesmo jeito.

 

Entre Freud, Jung e café requentado,

Vai tentando manter o juízo alinhado.

Porque no fim, apesar do sufoco,

Psicólogo é gente — que sempre escuta mais um pouco!

 

O Psicólogo e Suas Pelejas

 

Num cantim de sala ajeitada,

Com divã, café e luz amarelada,

Tá o doutor da mente, concentrado,

Escutando o povo todo enrolado.

 

Entre Freud, Jung e Heiger arretado,

Vai tentando deixar o povo equilibrado.

Mas no fundo, também tem seus dilemas,

Só não conta, pra não virar mais problemas!

 

Ansiedade, Bicho Danado

 

Ansiedade é feito bixo no vento,

Que sopra forte até no pensamento.

Chega sem pedir licença,

Tira a paz, quebra a crença.

 

É coração que bate ligeiro,

Mesmo sem motivo verdadeiro.

É nó na garganta, aperreio no peito,

E o juízo correndo sem jeito.

 

O cabra pensa no que nem aconteceu,

E sofre por coisa que nem escolheu.

É medo do futuro, do que vai dar,

Mesmo quando tudo parece se ajeitar.

 

Tem hora que dá um suadouro,

Outras, um choro calado e duradouro.

Mas quem enfrenta esse bicho arretado,

Precisa de apoio, de um bom aliado.

 

Respira fundo, pisa no chão,

Procura ajuda, estende a mão.

Porque ansiedade, por mais que aperreie,

Também se acalma, também se freie.

 

Nas Trilhas da Psicologia

 

No silêncio da alma, a mente sussurra,

Segredos guardados, dores que murmuram.

A psicologia, com olhos atentos,

Desvenda os mistérios dos nossos tormentos.

 

Entre traumas antigos e sonhos guardados,

Há mapas invisíveis, caminhos traçados.

O terapeuta escuta, sem julgar ou temer,

E ajuda o paciente a se reconhecer.

 

Memórias que pesam, emoções que afloram,

Verdades que doem, mas também restauram.

Cada sessão é um passo, uma ponte, um olhar,

Para dentro de si, para se transformar.

 

Não é só ciência, é também poesia,

É arte que cura, é empatia.

É entender o outro, é se compreender,

É dar nome ao caos, é aprender a viver.

 

Por trás do olhar, há histórias caladas,

Verdades partidas, memórias veladas.

Psicologia é ponte entre o caos e o ser,

É arte de escutar sem querer resolver.

 

Consultório da Dona Mente

 

Entrei no consultório meio sem saber,

Se eu tava doido ou só queria entender.

A psicóloga olhou com ar de quem sabe,

E perguntou: “Você sonha com abacate?”

 

Falei que não, mas sonho com boleto,

Com chefe gritando e wi-fi sem jeito.

Ela anotou tudo com cara de mistério,

Como se eu fosse um caso sério.

 

“Você tem ansiedade?” — ela quis saber.

Respondi: “Tenho, mas só de viver!”

“E autoestima?” — “Tá em reforma,

Mas acho que volta em nova forma.”

 

Falamos da infância, dos traumas, da escola,

Do dia em que chorei porque perdi a bola.

Ela disse: “Isso é simbólico, é dor reprimida.”

Eu pensei: “Ou só drama de criança atrevida.”

 

No fim da sessão, ela disse com calma:

“Você precisa escutar mais sua alma.”

Mas minha alma só grita: “Cadê o café?”

E eu saí de lá rindo, pensando: “É…”

 

Cordel da Mente Matuta

 

No sertão da consciência, tem estrada escondida,

Tem lembrança que aperta, tem ferida esquecida.

A psicologia é guia, é farol na escuridão,

É quem ajuda a mente a achar rumo e direção.

 

Tem gente que diz: “Isso é coisa de doido!”

Mas doido é quem sofre e não busca apoio.

O cabra que escuta, que pensa e reflete,

É mais sábio que muito que só vive de enfeite.

 

Na sala do doutor, tem sofá e café,

Tem conversa que cura, tem choro, tem fé.

A doutora pergunta: “E a infância, como foi?”

E o matuto responde: “Foi boa, mas se foi…”

 

“E o pai?” — “Era bravo, mas tinha bom coração.”

“E a mãe?” — “Era santa, me dava proteção.”

“E os medos?” — “Rapaz, tenho uns que nem sei,

Mas quando escuto trovão, até hoje me tremo, olhei?”

 

A mente é igual roça: precisa de cuidado,

Se não capina os mato, fica tudo embolado.

Psicologia é enxada que limpa o terreiro,

Pra plantar alegria e colher o primeiro.

 

Então, se tu sente que a cabeça tá cheia,

Procura um doutor, não fique na teia.

Falar é remédio, escutar é bênção,

E entender a si mesmo é ganhar proteção.

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