Labirintos da Mente
Psicologia, mapa invisível,
Do coração ao imprevisível.
Estuda o gesto, o olhar calado,
O grito mudo, o passado guardado.
É ponte entre dor e esperança,
Entre o trauma e a mudança.
Escuta o que não foi dito,
Traduz o medo, o conflito.
Analisa o riso disfarçado,
O silêncio bem ensaiado.
Mostra que até quem ri demais,
Pode esconder seus vendavais.
Não é só divã e teoria,
É também amor e empatia.
É saber que todo ser humano
É um universo estranho...
Dilemas de um Psicólogo
O paciente chega atrasado,
Para falar do passado.
Enquanto o psicólogo pensa:
“Será que hoje compensa?”
Tem gente que fala demais,
Outro diz: “tanto faz”.
Uns choram, outros riem sem parar,
E tem os que só vêm pra reclamar.
Tem que ouvir sem julgar,
Mesmo quando a vontade é gritar.
E quando acha que ajudou o sujeito,
Ele diz que entendeu tudo certinho, Mas volta quase do mesmo jeito.
Entre Freud, Jung e café requentado,
Vai tentando manter o juízo alinhado.
Porque no fim, apesar do sufoco,
Psicólogo é gente — que sempre escuta mais um pouco!
O Psicólogo e Suas Pelejas
Num cantim de sala ajeitada,
Com divã, café e luz amarelada,
Tá o doutor da mente, concentrado,
Escutando o povo todo enrolado.
Entre Freud, Jung e Heiger arretado,
Vai tentando deixar o povo equilibrado.
Mas no fundo, também tem seus dilemas,
Só não conta, pra não virar mais problemas!
Ansiedade, Bicho Danado
Ansiedade é feito bixo no vento,
Que sopra forte até no pensamento.
Chega sem pedir licença,
Tira a paz, quebra a crença.
É coração que bate ligeiro,
Mesmo sem motivo verdadeiro.
É nó na garganta, aperreio no peito,
E o juízo correndo sem jeito.
O cabra pensa no que nem aconteceu,
E sofre por coisa que nem escolheu.
É medo do futuro, do que vai dar,
Mesmo quando tudo parece se ajeitar.
Tem hora que dá um suadouro,
Outras, um choro calado e duradouro.
Mas quem enfrenta esse bicho arretado,
Precisa de apoio, de um bom aliado.
Respira fundo, pisa no chão,
Procura ajuda, estende a mão.
Porque ansiedade, por mais que aperreie,
Também se acalma, também se freie.
Nas Trilhas da Psicologia
No silêncio da alma, a mente sussurra,
Segredos guardados, dores que murmuram.
A psicologia, com olhos atentos,
Desvenda os mistérios dos nossos tormentos.
Entre traumas antigos e sonhos guardados,
Há mapas invisíveis, caminhos traçados.
O terapeuta escuta, sem julgar ou temer,
E ajuda o paciente a se reconhecer.
Memórias que pesam, emoções que afloram,
Verdades que doem, mas também restauram.
Cada sessão é um passo, uma ponte, um olhar,
Para dentro de si, para se transformar.
Não é só ciência, é também poesia,
É arte que cura, é empatia.
É entender o outro, é se compreender,
É dar nome ao caos, é aprender a viver.
Por trás do olhar, há histórias caladas,
Verdades partidas, memórias veladas.
Psicologia é ponte entre o caos e o ser,
É arte de escutar sem querer resolver.
Consultório da Dona Mente
Entrei no consultório meio sem saber,
Se eu tava doido ou só queria entender.
A psicóloga olhou com ar de quem sabe,
E perguntou: “Você sonha com abacate?”
Falei que não, mas sonho com boleto,
Com chefe gritando e wi-fi sem jeito.
Ela anotou tudo com cara de mistério,
Como se eu fosse um caso sério.
“Você tem ansiedade?” — ela quis saber.
Respondi: “Tenho, mas só de viver!”
“E autoestima?” — “Tá em reforma,
Mas acho que volta em nova forma.”
Falamos da infância, dos traumas, da escola,
Do dia em que chorei porque perdi a bola.
Ela disse: “Isso é simbólico, é dor reprimida.”
Eu pensei: “Ou só drama de criança atrevida.”
No fim da sessão, ela disse com calma:
“Você precisa escutar mais sua alma.”
Mas minha alma só grita: “Cadê o café?”
E eu saí de lá rindo, pensando: “É…”
Cordel da Mente Matuta
No sertão da consciência, tem estrada escondida,
Tem lembrança que aperta, tem ferida esquecida.
A psicologia é guia, é farol na escuridão,
É quem ajuda a mente a achar rumo e direção.
Tem gente que diz: “Isso é coisa de doido!”
Mas doido é quem sofre e não busca apoio.
O cabra que escuta, que pensa e reflete,
É mais sábio que muito que só vive de enfeite.
Na sala do doutor, tem sofá e café,
Tem conversa que cura, tem choro, tem fé.
A doutora pergunta: “E a infância, como foi?”
E o matuto responde: “Foi boa, mas se foi…”
“E o pai?” — “Era bravo, mas tinha bom coração.”
“E a mãe?” — “Era santa, me dava proteção.”
“E os medos?” — “Rapaz, tenho uns que nem sei,
Mas quando escuto trovão, até hoje me tremo, olhei?”
A mente é igual roça: precisa de cuidado,
Se não capina os mato, fica tudo embolado.
Psicologia é enxada que limpa o terreiro,
Pra plantar alegria e colher o primeiro.
Então, se tu sente que a cabeça tá cheia,
Procura um doutor, não fique na teia.
Falar é remédio, escutar é bênção,
E entender a si mesmo é ganhar proteção.
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