A nossa vida de oração revela como está o nosso relacionamento com Deus, pois, ela é um diálogo da alma cristã com o seu Senhor, assim o cristão é como um filho que conversa a todo momento com seu pai e está atento à sua voz.
Porém, aquele que não cultiva uma vida de oração é como o servo que não escuta nem obedece à voz do seu Senhor e não segue o seu exemplo, pois, Ele mesmo desenvolveu uma vida de oração ao Pai, sempre se separou para orar quer seja durante dia ou à noite ele se retirava para orar, “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava...” (Mc 1.35), nas suas decisões orava ao Pai, como podemos perceber na escolha dos apóstolos ele, “passou a noite orando a Deus” (Lc 6.12-16), e a interceder por eles. “Eu, porém, roguei por ti...” (Lc 22.32). Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” (Jo 17.15).
Porém, aquele que não cultiva uma vida de oração é como o servo que não escuta nem obedece à voz do seu Senhor e não segue o seu exemplo, pois, Ele mesmo desenvolveu uma vida de oração ao Pai, sempre se separou para orar quer seja durante dia ou à noite ele se retirava para orar, “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava...” (Mc 1.35), nas suas decisões orava ao Pai, como podemos perceber na escolha dos apóstolos ele, “passou a noite orando a Deus” (Lc 6.12-16), e a interceder por eles. “Eu, porém, roguei por ti...” (Lc 22.32). Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” (Jo 17.15).
Que o Senhor nosso Deus tenha misericórdia de nós e nos dê um espiríto humilde, submisso e dedicado à oração, que é grato e reconhece a majestade do SENHOR, e nossa dependência Dele, sigamos pois, o exemplo de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, para que não venhamos à ouvir sua repreensão como seus discípulos ouviram por um momento na ocasião dos dias antecedentes a crucificação de Cristo, ao pedido do Senhor: “Ficai aqui e vigiai comigo”; e quando voltou os encontrou dormindo: “Nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? “por que estás dormindo? Levantai-vos e orai para que não entreis em tentação...” esses detalhes podemos perceber nos evangelhos. (Mt 26.38-41; Lc 22.46)
Devemos conversar com nosso Pai celeste pela oração todos os dias como ensinou o nosso Senhor Jesus Cristo. “Pai nosso, que estás no céus... o pão nosso de cada dia dá-nos hoje...”(Mt 6.9,11). Além disso, a oração é um meio de graça indispensável do relacionamento do crente com Deus. Na oração o servo de Deus expressa adoração, louvor, confessa seus pecados, pede perdão, dá graças pela infinita bondade de Deus, faz petições por si mesmo e pelos outros.
Assim a oração diária e sincera é de vital importância para a vida do crente. “Quando a oração começa a diminuir a vida espiritual definha até tornar-se ineficaz”[1], perde-se a alegria de adorar a Deus, de ler a sua Palavra e de estar na sua Casa, e qualquer bobagem se torna motivo para estarmos distantes dela, pois, ela mesma é chamada “Casa de Oração” (Mc 11.17), por ser um lugar separado exclusivamente para o nosso encontro e relacionamento com nosso bondoso Deus.
Portando, a oração é um privilégio sagrado. Sejamos gratos ao Senhor, e uma vida de oração expressa essa gratidão, esforcemo-nos para desenvolver o hábito da Oração diária, assim sentiremos diariamente a suave paz que é o reflexo da comunhão com Deus, portanto:
“Orai sem cessar... Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” (1Ts 5.17; Fp 4.6,7)
Vejamos ainda, o que os nossos irmãos do passado falaram sobre a oração em sua declaração de fé, a qual também reafirmamos aqui, e disponibilizamos para aqueles que ainda não tiveram acesso à essas declarações. Para cada afirmativa eles destacavam o que diz as Escrituras:
O que é oração?[2]
“Oração é um oferecimento dos nossos desejos a Deus, por coisas conformes a sua vontade, em nome de Cristo, e com o auxílio do seu Espírito, com a confissão dos nossos pecados e um agradecido reconhecimento das suas misericórdias.”
(Sl 32.5,6; 62.8; Dn 9.4; Jo 16.23,24; Rm 8.26; Fp 4.6)
Como devemos orar?[3]
“Devemos orar com solene apreensão da majestade de Deus e profunda convicção de nossa própria indignidade, necessidades e pecados; com corações penitentes, gratos e francos; com entendimento, fé, sinceridade, fervor, amor e perseverança, esperando nele com humilde submissão à sua vontade.”
(Gn 18.27; Sl 17.1; 33.8; 51.17; 81.10; 86.1; 95.6; 130.3; 144.3; 145.18; Mq 7.7;
Lc 15.17-19; 18.13; Mt 5.23,24; 26.39; Jo 4.24;
Ef 3.20,21; 6.18; 1Co 14.15; Tg 1.6; 5.16; 1Tm 1.2,8; Hb 10.22)
“A oração com ações de graças, sendo uma parte especial do culto religioso, é por Deus exigida de todos os homens; e, para que seja aceita, deve ser feita em o nome do Filho, pelo auxílio do seu Espírito, segundo a sua vontade, e isto com inteligência, reverência, humildade, fervor, fé, amor e perseverança. Se for vocal, deve ser proferida em uma língua conhecida dos circunstantes.”[4]
(Fl 4.6; 1Tm 2.1; Cl 4.2; Sl 65.2; 67.3; 1Ts 5.17-18; Jo 14.13-14; 1Pe 2.5; Rm 8.26;
Ef 6.8; Jo 5:14; Sl 47.7; Hb. 12.28; Gn 18.27; Tg 5.16; Ef 6.18; 1Co 14.14)
Devemos orar somente à Deus?[5]
“Sendo Deus o único que pode esquadrinhar o coração, ouvir os pedidos, perdoar os pecados e cumprir os desejos de todos, o único em que se deve crer e a quem se deve prestar culto religioso, a oração, que é uma parte especial do culto, deve ser oferecida por todos a ele só, e a nenhum outro.”
(2Sm 22.32; IRs 8.39; Is 42.8; Jr 3.23; Sl 65.2; 145.16,19; Mq 7.18;
Mt 4.10; Lc 4.8; Jo 14.1; At 1.24; Rm 8.27; 1Co 1.2)
O que é orar em nome de Cristo?[6]
“Orar em nome de Cristo é, em obediência ao seu mandamento e em confiança nas suas promessas, pedir a misericórdia por amor dele, não por mera menção de seu nome; porém derivando o nosso ânimo para orar, a nossa coragem, força e esperança de sermos aceitos em oração, de Cristo e sua mediação.”
(Dn 9.17; Mt 7.21; Lc 6.46; Jo 14.13,14; 1Jo 5.13-15; Hb 4.14-16)
Por que devemos orar em nome de Cristo?[7]
“O homem, em razão de seu pecado, ficou tão afastado de Deus que a ele não se pode chegar sem ter um mediador; e não havendo ninguém, no céu ou na terra, constituído e preparado para esta gloriosa obra, senão Cristo unicamente, o nome dele é o único por meio do qual devemos orar.”
(Jo 6.27; 1Jo 14.6; Ef 3.12; 1Tm 2.5; Cl 3.17; Hb 7.25-27; 13.15)
Como o Espírito nos ajuda a orar?[8]
“Não sabendo nós o que havemos de pedir, como convém, o Espírito nos assiste em nossa fraqueza, habilitando-nos a saber por quem, pelo quê, e como devemos orar; operando e despertando em nossos corações (embora não em todas as pessoas, nem em todos os tempos, na mesma medida) aquelas apreensões, afetos e graças que são necessários para o bom cumprimento desse dever.”
(Sl 10.17; 80.18; Zc 12.10; Rm 8.26)
Por quem devemos orar?[9]
“Devemos orar por toda a Igreja de Cristo na terra, pelos magistrados e outras autoridades, por nós mesmos, pelos nossos irmãos e até mesmo pelos nossos inimigos, e pelos homens de todas as classes, pelos vivos e pelos que ainda hão de nascer; porém, não devemos orar pelos mortos, nem por aqueles que se sabe terem cometido o pecado para a morte.”
(Gn 32.11; 2Sm 7.29; 12.21-23; Sl 28.9; Mt 5.44;
Jo 17.20; Ef 6.18; 1Tm 2.1,2; 2Ts 1.11; 3.1; Cl 4.3; Tg 5.16; 1Jo 5.16; Lc 16.25-26)
Pelo quê devemos orar?[10]
“Devemos orar por tudo quanto realça a glória de Deus e o bem-estar da Igreja, o nosso próprio bem ou o de outrem; nada, porém, que seja ilícito.”
(Sl 51.18; 122.6; 125.4; Mt 6.9; 7.11; 1Ts 5.23; 2Ts 3.16; 1Jo 5.14; Tg 4.3)
Veja Também: Oração: O Exercício Contínuo da Fé - João Calvino.
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[1] Estudos no Breve Catecismo de Westminster, Leornad T. Van Horn. Editora Os Puritanos, 2000, p. 180.
[2] Catecismo Maior de Westminster, pergunta 178.
[3] Ibid. pergunta 185.
[4] Confissão de Fé de Westminster, Cap. XXI.3.
[5] Catecismo Maior de Westminster, pergunta 179.
[6] Ibid. pergunta 180.
[7] Ibid. pergunta 181.
[8] Ibid. pergunta 182.
[9] Ibid. pergunta 183.
[10] Ibid. pergunta 184.
Empecilhos à Oração - John Piper
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