*Este texto é a sétima parte do Romance. Você pode ler as outras partes clicando nos links ao lado do texto.
Estava distraído na varanda observando a paisagem ao redor da casa da burgesinha quando, voltei minha atenção para Fabrício que já estava a uns oitos passos a minha frente. Não me aproximei dele, pois, ele estava conversando com uma senhora. Pensei: “deve ser ela!”, então ele, me chamou e disse:
- Esse é o artista, Dona Elizabeth.
- Parabéns! você deve trabalhar muito bem, não vi o seu trabalho mas, a minha filha falou muito bem dele aqui em casa, ela queria muito lhe conhecer, é uma pena ela não estar, queiram entrar...
- Agradeço!, o convite, mas não vou poder demorar-me, tenho que ir, pois vou ainda a outro lugar. – Falei tentando arrumar desculpa para não ficar.
- É Sra. Medeiros, outro dia ficaremos um pouco mais – completou Fabrício contribuindo uma vez na vida para minha surpresa.
- Por que não esperam um pouco?
- Ela voltará logo ou irá demorar?
- Não sei Fabrício, ela não falou nada, disse apenas que ia à casa de Beatriz.
- Voltaremos outro dia então D. Elizabeth, pode ser que ela demore, e temos que ir à outro lugar, a senhora diz que estivemos aqui. - Falou Fabrício.
- Direi sim Fabrício. - e olhando-me disse: – Venha mesmo meu jovem, e traga alguma obra sua para que eu possa também apreciar.
- Eu virei... - falei meio sem jeito. Saímos de lá conversando pelas ruas sombrias e vazias do bairro nobre, onde não se via nenhuma alma vivente nessas horas a não ser a nossa, como que perambulando na escuridão.
- Ela deve ter saído por algo muito importante! – falou Fabrício tentando justificar a ausência da sua amiginha.
- É com certeza, certamente!! – resmunguei.
- Sério Íthalo! Pois, ela estava realmente querendo te conhecer.
- Me conhecer não, conhecer o artista. - repliquei.
- Ah! Íthalo, tu, o artista são todos a mesma coisa.
- Não! Sr. Íthalo é Íthalo, o artista é Sholal, e eu sou eu.
- Tu já estás maluco!!!
- Estou nada! E ela falou num momento de empolgação, por ter visto a pintura, por isso disse que queria conhecer o pintor, acho que ela nem lembra mais do quadro, quanto mais do autor.
- Na verdade ficaste chateado.
- Eu não!
- Pois parece – retorquiu Fabrício.
- Até gostei da Sra. Mãe dela, me tratou tão bem... Fabrício eu me encantei com a mansão, parece mais um castelo, só o jardim dar para escrever uma estória de amor.
- E quem sabe até com ela. Disse ele ironicamente.
- Que com ela?! Estás maluco?? Com o meu amor. Ou então tu e uma burguesa que eu tenho visto ultimamente. – Rebati a altura.
- Quem é? – perguntou, porém, não muito interessado.
- Melhor não! – falei lembrando do sorriso dela. Fabrício é muito abusado, e ela parece ser simpática, nunca pensei que ia dizer isso dela, e não ia combinar mesmo.
- Ah! Eu quero conhecer essa burguesinha. – falou Fabrício.
- Rapaz! Eu disse talvez escreva uma estória de amor...
- E então precisa de um começo ou não? – disse ele já bem interessado.
- Precisaria, mas eu já desistir.
- Então eu escrevo, Íthalo e a jovem senhorita Medeiros. – rebateu de forma debochada.
- Inventa não, Fabrício.
- Por que não? Já gostasse da futura sogra, ela também gostou de tu, e além disso, a filha ainda é muito mais legal que mãe, e combina contigo, ao invés daquela abusada da Mariane.
- Espera ai, não fale assim dela não, que você nem a conhece. – repliquei imediatamente.
- Mas sei que ela é abusada, e não quer compromisso contigo.
- E essa sua amiginha que faltou ao compromisso contigo.
- Íthalo, eu já falei que ela deve ter saído por algum motivo muito importante.
- Está certo, os artistas não são muito importantes mesmo.
- Mas és chato Íthalo.
- Havia esquecido esse detalhe, além de não serem importantes a maioria são chatos também, precisam de mais silêncio que o outros e na maioria das vezes preferem ficar sozinhos.
- Ah! Íthalo, mas olha pelo lado positivo, a beleza do ambiente vai te servir de inspiração por muitos dias.
- É observando por esse lado, valeu apenas ir aquele lugar.
- Eu vou por aqui – falei dobrando a direita.
- Vai lá! Meu artista preferido, essa semana eu passo lá. – disse ele seguindo em frente.
- Está certo, diz a tua amiginha que eu mandei um tchau!
- É lá na tua casa.
- Está bom também, mas quando encontrares com ela não se esquece de mandar lembranças à esquecida...
- Pode deixa meu irmão, lembrarei sim, com certeza...
“Nem perguntei o nome dela” - lembrei, mas não valia apenas mesmo, observei seguindo rumo ao meu esconderijo, ou seja, a minha casa.
Continua...
Poxa meu irmão, que suspense!!
ResponderExcluirMas eu gosto!!!
rsrsrs
Eu acho que essa burguesinha, nada mais é, que essa tal amiga do Fabricio!!! hahaha
ResponderExcluirposta logo o restanteee!!! =))) adorooo.
Melhorando quada vez mais!!!
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