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sábado, 22 de abril de 2023

Movimentos Históricos

Antes de tudo, é preciso a compreensão e percepção de que nenhum movimento surge de forma isolada ou independente, geralmente são herdeiros de que acontecimentos anteriores ou ações e reações contextualizadas.

Assim faz sentido aquela máxima que diz: “Quem não conhece a história está fadado aos mesmos erros.” Pois bem, consideremos de forma muito breve os principais acontecimentos ao longo da história, especialmente à luz do cristianismo e movimentos que estão ligados direta ou indiretamente à Igreja.

Comecemos nossa breve jornada tomando por base a herança greco-romana especial formadora da mentalidade ocidental, principalmente na arte e nos seus discursos retóricos. Podemos dizer que a Patrística tomou do mundo grego sua metodologia nos debates apologéticos, em defesa da fé e polemistas, combates aos erros que divergia da ortodoxia, ou o que se cria como verdade pela igreja. Tanto que o próprio Agostinho de Hipona, propunha que a Igreja resgatasse e adaptasse o currículo clássico ao ensino da igreja e formação de seus clérigos.

A Patrística por sua vez entregou ao Escolasticismo seu método, tendo sido patrocinado especialmente por Carlos Magno, que admirava Agostinho, tendo com sua obra preferida a Cidade de Deus, de onde ele tirou sua base para apoiar a Igreja em troca de receber sua aprovação e apoio. O Escolasticismo foi o movimento que produziu o sentimento Renascentista, ou seja, alimentando ainda mais o desejo de resgatar ou fazer renascer a beleza da Cultura Clássica Greco-romana.

Esses movimentos e asseios produziram os humanistas, admiradores da sabedoria, beleza dos homens e do que eles podiam realizar; avanços na arte, música, arquitetura, engenharia e na ciência em geral. Os impactos do Humanismo é muito amplo, pois, ele afetou muitas áreas do conhecimento, produzindo tanto filósofos seculares como reformadores, pelas constantes críticas feitas ao papel e poder da Igreja predominante da época.

Os anseios viam de todos os lados, tanto de monarcas e magistrados; reis, príncipes e nobres de várias cidades estados. Filósofos, monges, teólogos e doutores da Igreja, de diversas ordens; agostinianos, dominicanos e franciscanos, e membros da sociedade em geral. Essas aspirações resultaram em protestos quase generalizados, levando o rompimento com a Igreja Medieval por vários países, esse movimento ficou conhecido pela igreja como Reforma Protestante especialmente pela via eclesiástica.

Surgiu assim, as primeiras bandeiras de liberdade religiosa e econômica, da Igreja Romana e seus Clérigos e do Monarca sacro-romano, especialmente na Alemanha, Suíça, Bélgica/Holanda e Ilhas Britânicas – Inglaterra, País de Gales e Escócia.

As reformas avançaram e várias áreas da sociedade nesses países. A maior independência econômica e política produziu grande evolução em muitos lugares especialmente na Inglaterra, levando ainda a necessidade de transporte de mercadorias, e investimentos na área. Com o avanço dos meios de produção e transporte da época, veio a Revolução Industrial.

Nos países que ainda eram dominados pelas políticas e sistema vigente, os protestos continuavam de uma forma ou de outra, estourando na Revolução Francesa, ou revoluções marxistas, socialistas, comunistas, ou “patriotismo fascista” de direita ou “esquerda”.

Esses movimentos também contaram com todo o aparato filosófico humanista secular. Produzindo a busca por uma liberdade tal, que procurava excluir o sentimento e as práticas religiosas, tanto católicas como protestantes, e que levou ao desprezo pelos clérigos, monarcas e magistrados em geral, em defesa de um estado totalmente laico e independente.

Assim a busca dos modernistas; humanistas e reformadores por verdades objetivas e absolutas do séc. XVI, foi substituída pelo subjetivismo e anti-absolutismo da pós-modernidade dos séculos XVII e XVIII, amparados pelo racionalismo, criticismo, iluminismo, liberalismo teológico, ceticismo, ateísmo, etc.

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