Movimentos Históricos
Antes de tudo, é preciso a compreensão e percepção de que nenhum
movimento surge de forma isolada ou independente, geralmente são herdeiros de
que acontecimentos anteriores ou ações e reações contextualizadas.
Assim faz sentido aquela máxima que diz: “Quem não conhece a história está fadado aos
mesmos erros.” Pois bem, consideremos de forma muito breve os principais
acontecimentos ao longo da história, especialmente à luz do cristianismo e
movimentos que estão ligados direta ou indiretamente à Igreja.
Comecemos nossa
breve jornada tomando por base a herança greco-romana especial formadora da
mentalidade ocidental, principalmente na arte e nos seus discursos retóricos. Podemos
dizer que a Patrística tomou do mundo grego sua metodologia nos debates
apologéticos, em defesa da fé e polemistas, combates aos erros que divergia da
ortodoxia, ou o que se cria como verdade pela igreja. Tanto que o próprio
Agostinho de Hipona, propunha que a Igreja resgatasse e adaptasse o currículo
clássico ao ensino da igreja e formação de seus clérigos.
A Patrística por sua
vez entregou ao Escolasticismo seu método, tendo sido patrocinado especialmente
por Carlos Magno, que admirava Agostinho, tendo com sua obra preferida a Cidade
de Deus, de onde ele tirou sua base para apoiar a Igreja em troca de receber sua
aprovação e apoio. O Escolasticismo foi o movimento que produziu o sentimento
Renascentista, ou seja, alimentando ainda mais o desejo de resgatar ou fazer
renascer a beleza da Cultura Clássica Greco-romana.
Esses movimentos e
asseios produziram os humanistas, admiradores da sabedoria, beleza dos homens e
do que eles podiam realizar; avanços na arte, música, arquitetura, engenharia e
na ciência em geral. Os impactos do Humanismo é muito amplo, pois, ele afetou
muitas áreas do conhecimento, produzindo tanto filósofos seculares como
reformadores, pelas constantes críticas feitas ao papel e poder da Igreja
predominante da época.
Os anseios viam de
todos os lados, tanto de monarcas e magistrados; reis, príncipes e nobres de
várias cidades estados. Filósofos, monges, teólogos e doutores da Igreja, de
diversas ordens; agostinianos, dominicanos e franciscanos, e membros da sociedade
em geral. Essas aspirações resultaram em protestos quase generalizados, levando
o rompimento com a Igreja Medieval por vários países, esse movimento ficou
conhecido pela igreja como Reforma Protestante especialmente pela via
eclesiástica.
Surgiu assim, as
primeiras bandeiras de liberdade religiosa e econômica, da Igreja Romana e seus
Clérigos e do Monarca sacro-romano, especialmente na Alemanha, Suíça,
Bélgica/Holanda e Ilhas Britânicas – Inglaterra, País de Gales e Escócia.
As reformas
avançaram e várias áreas da sociedade nesses países. A maior independência econômica
e política produziu grande evolução em muitos lugares especialmente na
Inglaterra, levando ainda a necessidade de transporte de mercadorias, e
investimentos na área. Com o avanço dos meios de produção e transporte da
época, veio a Revolução Industrial.
Nos países que
ainda eram dominados pelas políticas e sistema vigente, os protestos continuavam
de uma forma ou de outra, estourando na Revolução Francesa, ou revoluções
marxistas, socialistas, comunistas, ou “patriotismo
fascista” de direita ou “esquerda”.
Esses movimentos
também contaram com todo o aparato filosófico humanista secular. Produzindo a
busca por uma liberdade tal, que procurava excluir o sentimento e as práticas
religiosas, tanto católicas como protestantes, e que levou ao desprezo pelos
clérigos, monarcas e magistrados em geral, em defesa de um estado totalmente
laico e independente.
Assim a busca dos modernistas; humanistas e reformadores por verdades objetivas e absolutas do séc. XVI, foi substituída pelo subjetivismo e anti-absolutismo da pós-modernidade dos séculos XVII e XVIII, amparados pelo racionalismo, criticismo, iluminismo, liberalismo teológico, ceticismo, ateísmo, etc.
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