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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

IV - Uma Noite Fria

*Este texto é a quarta parte do Romance. Você pode ler as outras partes clicando nos links ao lado do texto.

 

Me arrumei para ir ver Mariane - Ela já deve esta saindo do curso – Pensei. Após alguns minutos eu já estava a sua espera... Não demorou muito ela logo apareceu, ao vê-la meu coração disparou, até parecia ser a primeira vez que à via caminhando em minha direção. Sentia meu o coração explodindo nem parecia bater – amor a primeira vista.
- Olá Íthalo - disse sorridente.
Peguei sua mão e beijei suavemente.
- Olá Mariane, você acredita em amor a primeira vista - falei calmamente.
- É a primeira vez que você esta me vendo é gracinha?
- É como se fosse, você esta linda Mariane. - Ela sorriu irradiante.
- Ah! Íthalo, obrigada.
- Você aceita tomar um sorvete comigo Mariane.
- Sorvete uma hora dessa? com o frio que esta fezendo, você ficou maluco menino, quer pegar uma pneumonia.
- Hehehe... Isso é tudo preocupação com a minha saúde ou apenas uma resposta negativa?
- As duas coisas – murmurou.
- Se você prometer que cuidará de mim eu pego ate uma pneumonia aguda.
- Vai Íthalo, estais pensando que doença é brincadeira, vai...
- E ai, aceita ou não aceita o sorvete?
- Com esse frio...
-O que é que tem, é até bom que esfria tudo por dentro. - retruquei antes que ela terminasse o que ia dizer.
- É e depois...
- Depois agente se esquenta – remendei novamente.
- Que é isso Íthalo??
- Estou falando sério.
- Ela olhou pra mim muito mais séria.
- É brincadeira Mariane.
- Assim está bom... - murmurou.
- Mas se você quizer, confesso que eu ficaria feliz... Mas já que não quer tomar um sorvete, então vamos ver um filme.
- Que horas são essa? – perguntou.
- São nove e meia - respondi ao olhar o relógio.
- O que é que agente vai fazer no cinema uma hora dessa Íthalo?
- Ver a sessão das dez.
- Dez horas eu tenho que esta na cama que amanhã eu acordo cedo, e se eu chegar depois das dez em casa meu pai me mata.
- Eu deixo nada – Retruquei.
Nessa conversa íamos andando e sem perceber já estávamos tão próximo a casa dela que não dava tempo pra mais nada. Chegamos ao portão, paramos um pouco, nos olhamos e...
- Não vai me dar nem um beijo Mariane.
- Voce está louco, aqui?
- Em qualquer lugar ou aqui mesmo – disse todo animado.
- Quem sabe um dia Íthalo.
- Esse dia parece que nunca vai chegar, dona Mariane.
- Um dia, chega Íthalo.
- Será que chega mesmo.
- Quem sabe – respondeu dando-me novamente esperança.
- Por que não pode ser agora?
- Por que não.
“MARIANE” – chamou o pai dela energicamente, aparecendo de forma terrorista para estragar tudo, e autoritário disse:
- Está na hora de entrar mocinha.
- Te vejo amanha? – perguntei.
- Depois a gente conversa, agora eu tenho que entrar.
Segui adiante, sem saber para onde ia, e sem ter para onde ir na verdade, pois pensei em procurar alguma coisa pra me distrai um pouco, foi quando percebi que a noite estava realmente fria. Mas ainda mais frio do que o tempo estava eu em meu coração...

Continua...


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